Caros Livres Pensadores
A regra em escrever um texto ou artigo deve ser, sem sombra de dúvida, redigido em terceira pessoa. Mas vou fugir a norma para poder mostrar a posição que tomo e defender o que penso. Então, segue-se assim.
Sinto-me fraco e impotente. Após a abertura deste blog, minha vida tem mudado muito. Ao assumir a postura de ATEU, a sociedade, a que faço parte, me condena de tal forma que, parece que estou agindo de modo criminoso por não aceitar algo que é imposto de forma coercitiva por esse grupo social. Vocês não sabem o tempo que levou para eu poder defender tal posição. Sabendo o que a sociedade espera, demorou muito até eu ter a coragem suficiente para enfrentar, de cara limpa, a saraivada de protestos pessoais que iriam atingir a minha pessoa. Hoje, parece que sou um "doente mental" ou que o Diabo está possuindo a minha mente, por não mais aceitar o que me é, diariamente, imposto como o "caminho correto", por questionar os entendimentos da Igreja. Meus conhecidos me perguntam: Por quê? Desde quando? O que me fez mudar de ideia e não mais crer na Palavra? Condenam a mim por não crer em mais nada. Enviam a mim pessoas "conhecedoras da Palavra de Deus" para me questionar, para me testar e perguntar o que eu acho sobre determinado assunto e, ao que respondo, infligem textos e mais textos bíblicos, ensinamentos do Senhor, sustentando que eu estou errado, que eu devo pensar melhor, que o Diabo está me testando. Mas, pergunto, por que vêm a mim se não aceitam o que penso?
O que me faz refletir é: por que os chamados "crentes" não conseguem suportar ver alguém que afirma que não crê mais em Deus em paz? Onde está o livre arbítrio das pessoas? Onde está o respeito? Onde está a sua liberdade? Por quê, obrigatoriamente, estes seres devem tentar, a qualquer custo, converter tudo e a todos? Alguém já viu algum ateu bater de porta em porta desmentindo as estórias, isto mesmo, estórias, contadas por seguidores dos mais diversos deuses e deusas existentes? Por acaso já foi visto algum ateu colocando outdooors em terrenos baldios com frases do tipo: "Não creiam em Deus, ele é uma farsa; A história da bíblia é um amontoado de fábulas; A Religião é uma praga." Não. Nunca foi visto e não o será.
A verdade é que nenhum crente suporta ver alguém que seja decidido, alguém que não tem medo de questionar, de perguntar o porquê. Se você questiona um crente, ele te rebate de forma bruta e ameaçadora, como se a nossa vida dependesse dessa resposta: Você então duvida da Palavra de Cristo, duvida do Filho de Deus? Isto é uma heresia! Infelizmente, ante a este tipo de pensamento e de pessoas cegas, não temos o direito, enquanto humanos, de O questionar.
Mas, então temos de aceitar tudo como nos é imposto? Perguntas surgem aos montes e as respostas estão ao nosso redor, é só as procurar. Questione-se:
Quem foi Cristo?
De onde vem a Religião?
Como foi escrito a Bíblia?
Quem escreveu a Bíblia?
Quem e o que influenciou a composição de seus personagens?
Por que a Igreja é contra tudo o que é sensato para a Ciência?
Por que a Religião prega a impotência pessoal?
Por que o ser humano precisa ser eterno?
De onde vem a ideia de céu e inferno, bem e mal, Deus e o Diabo?
Posso perguntar qualquer coisa e a história nos responderá.
Mas, a questão não é esta. O mérito é por que não posso ser livre para usufruir do próprio pensar. Por que estes insensatos crentes infernizam, por assim dizer, as nossas vidas, a dos ateus. Ateu nada mais é do que o fato de não mais crer em um ser sobrenatural, a não aceitação de um ente metafísico como criador e regulador de nossas vidas. Ser ATEU é negar um deus, seja ele qual for. E o que tem de errado nisto? Me perguntam se não tenho mais fé, mas, o que de fato é a fé? Nos conta a história que quem tem fé, tem fé em um ser sobrenatural, tais como: o sol, a chuva, o trovão, o mar, Chimichagua, Quetzalcóatl, Nãmandu, Jeová, Huitzilopochtli, Coyolxahuqui, Baal, Hare, Allah, Brahma, Mahayana, Shu, Tefnet, Osíris, Khnemu, Seket, Menfis, Amaterasu, Buda, Amon-Rá, Zeus, Júpiter, Posêidon, Tezcatlipoca, Xangô, Pachamama, Ull, Shiva, Nhanderuvuçu, Krishna, Ishtar, Jesus Cristo, Cihuacóatl, Cihuacóatl, Mictlantecuhtli, Kinich, Ahau, Pã, Wakan Tanka, Unkulunkulu, Vulcano, Buda, Maomé, Allah e segue-se algumas centenas de nomes que poderiam ser citados.
O certo é que o deus que rege o local onde você nasceu, rege também a sua vida. Se você nascesse no Brasil, provavelmente o seu deus seria o deus dos cristãos, ou seja, Deus ou Jeová. Se nascesse na Palestina, seus passos seriam guiados por Allah. Se na China ou Coréia, seu guia seria Buda. E fosse quaisquer deles, o seu deus seria o deus correto a ser seguido, os outros não existiriam e seriam renegados ao não reconhecimento da divindade e não teriam qualquer valor.
Entendo que fé é muito subjetivo. Posso ter fé, isto é, crer em algo, e ao mesmo tempo, ser um descrente. Afirmo que creio na Teoria da Evolução, Em Quasares, Buracos Negros, Teoria das Supercordas, Teoria dos Buracos de Minhoca, na finitude do nosso universo, na probabilidade de existir outros universos paralelos, na Teoria do Acaso, entre outras. Então tenho fé, pois creio em algo. Somente não creio no seu deus e, em relação a isto, sou descrente.
Mas a ideia inicial era falar um pouco sobre a parábola de Jó. Sabe-se que Jó é um personagem biblico do Antigo Testamento e que foi "tocado" pela mão do Diabo, ou seja, foi testado por ele, com a autorização de Deus, com o intuito de testar a sua fé em Seu Criador. Perdeu tudo e quase foi-lhe desprovido da vida, mas não profanou a seu Deus. Para se ambientar, cito a passagem da Bíblia na íntegra (Jó - Capítulo 1 - Versículo 1 a 22 e Capítulo 2 - Versículo 1 a 13):
"Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Jó; e era este homem íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal.
E nasceram-lhe sete filhos e três filhas.
E o seu gado era de sete mil ovelhas, três mil camelos, quinhentas juntas de bois e quinhentas jumentas; eram também muitíssimos os servos a seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.
E iam seus filhos à casa uns dos outros e faziam banquetes cada um por sua vez; e mandavam convidar as suas três irmãs a comerem e beberem com eles.
Sucedia, pois, que, decorrido o turno de dias de seus banquetes, enviava Jó, e os santificava, e se levantava de madrugada, e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles; porque dizia Jó: Talvez pecaram meus filhos, e amaldiçoaram a Deus no seu coração. Assim fazia Jó continuamente.
E num dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles.
Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal.
Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
Porventura tu não cercaste de sebe, a ele, e a sua casa, e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste e o seu gado se tem aumentado na terra.
Mas estende a tua mão, e toca-lhe em tudo quanto tem, e verás se não blasfema contra ti na tua face.
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que tudo quanto ele tem está na tua mão; somente contra ele não estendas a tua mão. E Satanás saiu da presença do SENHOR.
E sucedeu um dia, em que seus filhos e suas filhas comiam, e bebiam vinho, na casa de seu irmão primogênito,
Que veio um mensageiro a Jó, e lhe disse: Os bois lavravam, e as jumentas pastavam junto a eles;
E deram sobre eles os sabeus, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando este ainda falando, veio outro e disse: Fogo de Deus caiu do céu, e queimou as ovelhas e os servos, e os consumiu, e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Ordenando os caldeus três tropas, deram sobre os camelos, e os tomaram, e aos servos feriram ao fio da espada; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Estando ainda este falando, veio outro, e disse: Estando teus filhos e tuas filhas comendo e bebendo vinho, em casa de seu irmão primogênito,
Eis que um grande vento sobreveio dalém do deserto, e deu nos quatro cantos da casa, que caiu sobre os jovens, e morreram; e só eu escapei para trazer-te a nova.
Então Jó se levantou, e rasgou o seu manto, e rapou a sua cabeça, e se lançou em terra, e adorou.
E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR.
Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma.
E, vindo outro dia, em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o SENHOR, veio também Satanás entre eles, apresentar-se perante o SENHOR.
Então o SENHOR disse a Satanás: Donde vens? E respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: De rodear a terra, e passear por ela.
E disse o SENHOR a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, e que ainda retém a sua sinceridade, havendo-me tu incitado contra ele, para o consumir sem causa.
Então Satanás respondeu ao SENHOR, e disse: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida.
Porém estende a tua mão, e toca-lhe nos ossos, e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face!
E disse o SENHOR a Satanás: Eis que ele está na tua mão; porém guarda a sua vida.
Então saiu Satanás da presença do SENHOR, e feriu a Jó de úlceras malignas, desde a planta do pé até ao alto da cabeça.
E Jó tomou um caco para se raspar com ele; e estava assentado no meio da cinza.
Então sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre.
Porém ele lhe disse: Como fala qualquer doida, falas tu; receberemos o bem de Deus, e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.
Ouvindo, pois, três amigos de Jó todo este mal que tinha vindo sobre ele, vieram cada um do seu lugar: Elifaz o temanita, e Bildade o suíta, e Zofar o naamatita; e combinaram condoer-se dele, para o consolarem.
E, levantando de longe os seus olhos, não o conheceram; e levantaram a sua voz e choraram, e rasgaram cada um o seu manto, e sobre as suas cabeças lançaram pó ao ar.
E assentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, porque viam que a dor era muito grande."
Agora, raciocinem comigo: um Deus, tão bom, misericordioso e prudente faz um trato com o seu opositor, o Diabo, para provar que Jó, seu eterno seguidor, realmente é digno de sua fé e que não o trairá. Sinto vergonha de, um dia, já ter seguido tal deus. INSOLENTE, HIPÓCRITA, IMORAL, EGOÍSTA. Estes são alguns de seus atributos. Humano, demasiadamente humano nos mostra ser a face desse deus. Esta passagem nos mostra o quão desgraçado se faz quem detém o poder. Sei que você já sentiu a dor de perder alguém muito querido. Agora, perder esposa, filhos, seus bens, sua saúde e quase morrer por que o seu Criador anuiu o desejo de seu opositor, o Diabo, em fazer um teste com você? Não consigo imaginar alguém que ama sua esposa e filhos, os perder por que seu Ser Supremo assim o autorizou, como se tais pessoas fossem objetos facilmente substituíveis. Como pode alguém ser tão mau a ponto de permitir isso. Nós, como humanos, jamais permitiríamos isso, visto que em primazia zelamos pela vida acima de tudo e, posteriormente, pela dignidade do ser humano. Mas, onde há dignidade em tal atitude. Fez Ele que Jó perdesse tudo: esposa, filhos, empregados, animais, a saúde e tudo em nome de Sua soberba, de seu poder esmagador e egoísta. Deus simplesmente ceifou vidas que não diziam respeito a crença de Jó. Cada pessoa responde individualmente por sua fé. E as vidas das outras pessoas, não valiam nada então? A de Jó tinha um valor inestimável frente a todas a outras?
Não me depararei apenas neste exemplo do uso indiscriminado do poder por Deus. A história nos conta que todos os grandes líderes, ao ter acesso ao poder, foram, de uma forma ou de outra, corrompidos. Isto é uma regra. Alexandre, o Grande; Constantino; Átila; Gengis Khan; Napoleão; Hitler e o próprio Deus. É, Ele também abusou do poder que tem em mãos como se fosse um "playboyzinho" mimado: "se não me obedecerem, vou destruir Sodoma e Gomorra, vou enviar um grande dilúvio para a terra e aniquilar com todos os descrentes ou vou condenar ao castigo eterno a todos que não fizerem o que lhes digo."
Se Deus é amor, é perdão, como Ele pode simplesmente tirar a vida, aplicar um castigo eterno ou meramente, tirar-lhe tudo pela mais pura petulância de um ser egoísta. Para mim, isto não é Deus. Isto é humano demais. Contudo, até os humanos são melhores. Não são aplicados penas eternas aqui na terra. Existem penas pecuniárias, de restrição da liberdade, reclusão, trabalhos forçados, pena de morte, mas não existe penas infindáveis. Seria preferível sermos julgados por nós próprios a sermos julgados pelo "Deus Eterno". Ao menos, as punições humanas têm tempo determinado, já as sobrenaturais, duram para todo o sempre.
Não, eu não posso tolerar e continuar aceitando este, entre diversos outros, exemplo de referência para a condução da minha vida na "verdade real". Não preciso seguir algum deus para ter bom senso e discernimento do certo, do errado ou do justo. A verdade não se esconde sob o manto das "palavras sagradas" mas, sim, sob a história sistemática e científica, contada e pesquisada por ambas partes envolvidas: a vencedora e a derrotada. Ao ser analisado algum fato, não se deve crer na primeira afirmação obtida, ainda mais se for por pessoas que se dizem conhecedoras da verdade e, infelizmente, seguidoras de apenas um único livro, qual seja, a Bíblia Sagrada.
O fato de alguém ter a coragem de questionar os dogmas da Igreja traz como consequência um fardo pesado de ser carregado. O mundo vai estar contra você. A audácia de contestar o incontestável faz de sua figura algo repugnante, algo corrompido, algo criminoso. Por vezes, sinto-me sozinho na caminhada em busca do conhecimento, pois não me é permitido o debate público sobre questões corriqueiras nas quais afrontam a vontade divina. Por vezes me sinto fraco e impotente. Mas, tenho a certeza de que não sou o único.
O que me anima no prosseguir é a certeza de não ter mais os olhos vendados ante verdades e princípios incontestáveis. A coragem em afirmar o NÃO me deixa mais forte, pois, apenas sustenta e confirma a minha crença: não ser dependente de um ser sobrenatural.
Noutro dia, chamaram-me arrogante por não querer discutir certo assunto religioso com determinada pessoa que, na verdade, mal sabe utilizar-se do vernáculo e, muito menos, possui afinidade com livros. Tal afirmação me atingiu como uma surpresa. Não imaginava que estava passando aos outros esta imagem sobre minha pessoa. Mas, ao analisar a afirmativa, concordo no sentido literal da palavra e em sua cominação. Se, ser arrogante é questionar dogmas e verdades absolutas, não estar satisfeito com atitudes tidas como corretas por parte da Igreja ou ter a mente aberta a novas explicações para o mesmo fato no intuito ter uma visão mais ampla sobre caso concreto e complexo, sim, eu o sou. Sou uma pessoa muitíssima arrogante.
Parafraseando Thomas Jefferson, prefiro estar na ignorância, isto é, afastar-me das respostas dos seres metafísicos, a insistir ao erro. Pois tenho certeza que vou estar menos afastado da verdade não "acreditando em nada" do que outra pessoa que acredita no errado.
Não sejamos mais um Jó, que aceita tudo e ergue as mãos para os céus louvando ao seu deus. Ser este, forjado na figura do ser humano conforme suas reais necessidades políticas e sociais, moldado através dos séculos ao bel prazer de seu verdadeiro criador: nós.
Sejamos mais, sejamos maiores, sejamos livres pensadores.
Assim penso. Assim digo. Assim escrevo.
"Tirar a ilusão de uma criança, mostrá-la à triste realidade da vida, quantas vezes for preciso, é um crime necessário para que ela aprenda a viver por si só. Desnecessário é deixar ela crescer confiando e acreditando, por tantos anos, até que um dia ela mesma, adulta e abismada, conclui que, na verdade, fora enganada por toda a vida." (Alfredo Bernacchi)
Prezado, postarei aqui meu pensamento:
ResponderExcluir- em primeiro lugar, respeito e não crítico qualquer tipo de manifestação, seja de ateus, crentes, seguidores de qualquer filosofia ou religião, porquê cada um encontra-se em um determinado grau de entendimento dos fatos e encontra-se em um certo grau de evolução e entendimento;
- Sobre a História de Jó e a Bíblia, entendo que a Bíblia foi escrita em uma época em que o povo estava muito atrasado e era muito rude e animalizado em suas atitudes, o que necessitava a figura de penas eternas, etc, a fim de que as pessoas temessem o que poderia acontecer a elas e seguissem um caminho dito correto na época e dentro do que poderiam fazer;
- lembremos ainda que quando o cristianismo se tornou a religião oficial do império romano, houve o conselho de justiniano, onde o imperador de mesmo nome e os eclesiásticos da época reuniram-se decidindo o que ficaria na bíblia e o que seria "descartado", ou seja, houve alguma conveniência dos homens naquele momento, sobretudo do imperado para manter sob controle o povo;
- acredito em Deus, sim, acredito, porque meu racíocinio e minha razão, e, sobretudo minha consciência me mostra que existe uma força inteligente por trás de toda as criações que não foram feitas pelo homem, como a natureza, o universo, etc, tudo que não é obra do homem tem que ser obra de outro ser inteligente e demos o nome de Deus ou outro nome que preferirem, e acreditar no acaso afronta minha inteligência em pensar que o acaso direciona as vida das pessoas, pra mim isso é absurdo, acho que a vida é rejida por leis naturais imutáveis e pelo livre arbítrio de cada um.
- Se for para acreditar em um Deus, conforme apontam alguns, um deus cruel e vingativo, nesse deus eu também não acredito, mas esse não é Deus e, sim uma figura criada pelos homens ou pela Igreja, se preferirem, para amendrontar e manter as pessoas sob domínio. E isso aconteceu em outras épocas,hoje em dia não dá pra crer mais nisso.
- Deus verdadeiro é Bom mas também é Justo e governa o universo por leis imutáveis, como por exemplo a Lei de Causa e Efeito, que já foi confirma pela ciência por meio de Newton.
- Quem transgride tais leis sofre uma punição que é consequência dessa trangressão, não é um castigo, é um efeito natural (as leis humanas são cópias mal feitas dessa lei).
- Cada um entende as coisas como quiser, cada um pensa o que quiser, é livre a manifestação de pensamento;
- Eu sou um seguidor do Espiritismo, da DOUTRINA ESPÍRITA, codificada por Allan Kardec, no Século XIX, na França e que tem como grande nome no Brasil o médium CHICO XAVIER.
-Chico psicografou 412 livros, poderia ter sido um "Paulo Coelho" ganhando milhões, mas não recebeu nada em pecúnia pela venda dos livros, tudo foi doado a instituições de caridade e para ajudar as pessoas; Chico viveu com modesto salário de seu trabalho terreno;
- Chico foi exemplo de humildade e de bondade;
- Não posso influenciar ninguém a pensar como eu, e eu não penso assim porque conheci a Doutrina Espírita, eu já pensava assim antes de estudar a Doutrina, mas o estudo de grandiosa Doutrina me esclareceu e me deu conhecimento sobre temas que as outras religiões não conseguem explicar e tudo dentro da razão;
ResponderExcluir- Para aquele que estuda o Espiritismo e percebe que a vida não acaba com a morte do corpo físico, percebe que a vida é muito maior do que pensamos e que é um consolo entender que somos espíritos imortais em processo de evolução;
- não existe um inferno de penas eternas, esse pensamento vai contra a idéia de um Deus bom. Existe é um sofrimento transitório consequente dos erros de cada um, mas não é eterno;
- não acredito em demônios ou coisas do gênero, isso foi coisa para assustar criançinhas de 200 anos atrás;
- os espíritos nada mais são do que a alma dos homens, após a morte do corpo físico...se a pessoa era boa vai seguir boa, se era ruim vai seguir ruim do outro lado, mas ninguém é ruim pra sempre, é um estado temporário de ignorância, é ausência temporário do bem.
- A Doutrina Espírita respeita todas as religiões e/ou filosofias, pois entende que ninguém é igual a ninguém e que cada um encontra-se em determinado grau de entendimento e evolução;
- Mas sabe também que ninguém escapa as leis da vida e que a Morte chega para todos, ricos ou pobres, negros ou brancos, independente de crédulo ou escolaridade; E do outro lado só levamos a nossa bagagem espiritual, moral, daquilo que fizemos aqui na Terra; Ninguém levará seus tesouros terrenos.
- A doutrina Espírita enfatiza que o conhecimento intelectual também é importante;
- Respeitemos sempre as pessoas, independente de suas crenças;
- Para aqueles que quiserem, sugiro a leitura das Obras de Allan Kardec, em particular O Livro dos Espíritos, na qual são 1019 perguntas e respostas que nos esclarecem em muito. Se você não entender nada do que está escrito neste livro não tem problema, leia aquilo que lhe faz bem;
Desejo votos de paz a todos.
Anderson Leite
desculpem os erros de digitação, meu curso de datilografia foi em 1993...hehehehe
ResponderExcluirComecei a ler seus pensamentos escritos... fiquei muito entusiasmado quando comecei a ler, porém, no decorrer de minha leitura, observei uma coisa: quando falamos em religião, logo lembramos de algo individual, particular. Não é crime vc expor sua idéia, seu pensamento. No país em que vivemos temos a liberdade de expressão.
ResponderExcluirQuando citaste o livro de Jó, eu creio que tens algum conhecimento bíblico, ou copiaste as idéias de algum ateu? Creio que não né. Tendo conhecimento do livro Jó, você já deve ter ouvido falar em outros capítulos bíblicos, onde são citados a criação, o nascimento, o JULGAMENTO FINAL, entre outros... Se teu pensamento é que Deus não existe, por que ler um livro, ou textos bíblicos e falar mal de tal? Somente para confundir a cabeça dos fracos mal entendedores? Deus fez o que fez com Jó, para mostrar ao mundo o que é FÉ, fé no criador, fé que Deus estava fazendo tudo aquilo por algo melhor, para mostrar que suas promessas seriam cumpridas... e o que aconteceu depois???
Jó Capítulo 42, Versículo 10 ao 17 (finalizando o livro de Jó)
10. E o SENHOR virou o cativeiro de Jó, quando orava pelos seus amigos; e o SENHOR acrescentou, em dobro, a tudo quanto Jó antes possuía.
11. Então vieram a ele todos os seus irmãos, e todas as suas irmãs, e todos quantos dantes o conheceram, e comeram com ele pão em sua casa, e se condoeram dele, e o consolaram acerca de todo o mal que o SENHOR lhe havia enviado; e cada um deles lhe deu uma peça de dinheiro, e um pendente de ouro.
12. E assim abençoou o SENHOR o último estado de Jó, mais do que o primeiro; pois teve catorze mil ovelhas, e seis mil camelos, e mil juntas de bois, e mil jumentas.
13. Também teve sete filhos e três filhas.
14. E chamou o nome da primeira Jemima, e o nome da segunda Quezia, e o nome da terceira Quéren-Hapuque.
15. E em toda a terra não se acharam mulheres tão formosas como as filhas de Jó; e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos.
16. E depois disto viveu Jó cento e quarenta anos; e viu a seus filhos, e aos filhos de seus filhos, até à quarta geração.
17. Então morreu Jó, velho e farto de dias.
Agora, mais do que nunca acredito na Palavra e na fé... porque fé é você acreditar no que a Palavra diz, com sabedoria, com conhecimento e com coragem de iniciar uma leitura no capítulo 1 e chegar ao ultimo capitulo (42), sem parar pelo caminho!
Amigo, Deus é Fiél.... Ele me ama e ama você também!
Acredito que todas as vezes que conversamos ao meu ponto de vista, criou-se uma harmonia de pensamentos, mesmo que divergentes.
ResponderExcluirSomos crianças aprendendo a interpretar “o mundo”, observando a evolução, tentando buscar uma resposta, resposta está, que, provém de um vulcão de idéias e perguntas, sendo colocadas amiúde em debates infindáveis. Vem de todas as formas nos deixarem mais, digamos, contestadores; e nesse ponto caminhamos a passos largos e firmes, pois, não aceitamos interpretações “vomitadas” por ditos detentores da sabedoria. Por que não contestá-los? A resposta é muito simples, melhor aceitar o que está pronto, do que ter um dispêndio de energia, para refutar OS ILUMINADOS. Nem entrarei no mérito dos defensores da Bíblia sagrada, pois o único argumento usado é o de que estou possuído, ou como diria Raulzito, o Diabo fica dando os toques. Eu ainda vejo a mordaça da idade das trevas, o ódio aos não cristãos, ainda brota, e com uma força imensurável. Como você mesmo sabe meu caro amigo, não sou ateu e tenho uma visão ainda em construção, que, talvez se estenda por toda minha existência; mas hoje com certeza não creio nesse Deus malvado, que puni, manda matar e usa de preconceitos com os “irmãos”, para profanar uma religião retrógada e capitalista, que ao invés de libertar os jovens de seus dogmas, tenta demasiadamente destruir toda a espécie de critica, que embora inocente, possa abalar a estrutura perfeita da Religião. Mas sem mais delongas, gostaria de dizer, que todos, mas todos! Tem o Direito de criar sua cosmogonia, tem o Direito de serem livres; de buscar sua própria crença. No mais gostaria de citar um pequeno texto de um homem que viveu na busca incessante por conhecimento.
Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós! Como haveremos de nos consolar, nós os algozes dos algozes? O que o mundo possuiu, até agora, de mais sagrado e mais poderoso sucumbiu exangue aos golpes das nossas lâminas. Quem nos limpará desse sangue? Qual a água que nos lavará? Que solenidades de desagravo, que jogos sagrados haveremos de inventar? A grandiosidade deste acto não será demasiada para nós? Não teremos de nos tornar nós próprios deuses, para parecermos apenas dignos dele? Nunca existiu acto mais grandioso, e, quem quer que nasça depois de nós, passará a fazer parte, mercê deste acto, de uma história superior a toda a história até hoje! — NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência, §125.
“Aprender sem pensar é tempo perdido.”
Confúcio
Tiago Nunes Rodrigues
Ps. O anonimato é para os fracos!
Marcos, meu amigo. A leitura do teu texto e os demais comentários são bastante interessantes, porém Marcos, eu já vi DEUS, é já vi por 4 vezes, a primeira foi a 30 anos, quando nasceu meu primeiro filho. Quando vi sair das minhas entranhas um pequeno ser vivo, cujos olhinhos brilhavam pra mim, já me reconhecendo, quando o amamentei pela primeira vez, eu não só vi, como senti a presença divina. Isso se repetiu com meu segundo filho e depois com meus dois netos.Independentemente do que dizem a Bíblia ou os grandes pensadores, eu, criatura ignorante,quando senti um outro coração começar a bater dentro de mim, já amava aquilo que ainda nem tínha visto. DEUS não precisa ser explicado, mas ser "sentido" e é infinitamente feliz aquele que consegue.
ResponderExcluirSonia Gaspary
Sou daquelas que ora todas as noites antes de dormir, no entanto respeito e não critico quem tem uma crença diferente. Embora dircorde da sua opinião, gostei do texto, é lógico.Cada um escolhe o caminho que se sente melhor, concordo com a Sonia Gaspary em que Deus deve ser sentido.
ResponderExcluirNatália Coria Pereira
http://bagespirita.blogspot.com/2011/07/por-que-sou-ateu.html
ResponderExcluirJosé Artur M. Maruri dos Santos
Colaborador da União Espírita Bageense e advogado
Este texto tirei deste site do meu amigo Artur. eu sou Anderson Leite.
Não têm sido raras as vezes que nos deparamos com irmãos de caminhada que nos indagam acerca da existência de Deus. Da mesma forma, temos observado um número crescente de pessoas que se identificam com o ateísmo. Mas será que as pessoas que assim se identificam realmente o são? Será que não está havendo uma confusão entre ateísmo e agnosticismo (não-religiosos)?
Sabe-se que alguns governos, inclusive, incentivam a difusão do ateísmo por acreditarem que o Estado se desenvolve na mesma medida que deixa de lado a religião. Foi assim com o Comunismo e é assim com vários países do norte da Europa. Eles relegam a condição do “crer em Deus” para países subdesenvolvidos. Não é à toa que vários cientistas e intelectuais se autodefinem como ateus ou agnósticos. Dizem estes: “Trabalhamos para atingir nossos objetivos e não esperamos ou ficamos pedindo nada a Deus; isto é para quem está desempregado; a religião é o ópio do povo” e por aí vai.
Em 1995, foi elaborada uma das últimas pesquisas sérias sobre identificação religiosa. Quem assinou foi a Enciclopédia Britannica. Nela foi constatado que os não-religiosos alcançavam, à época, 14,7% da população mundial, e os ateus cerca de 3,8%. Entre muitas das conclusões que foram extraídas da pesquisa, uma delas foi que o baixo número de ateus era devido a confusão entre agnosticismo e ateísmo. Por outro lado, o que se concluiu com absoluta certeza é que o número de ateus cresce em algumas áreas do mundo como a Europa, muito em função dos incentivos governamentais daquela região.
ResponderExcluirPor outro lado, o Espiritismo, fundamentado nas obras de Allan Kardec, coloca Deus no patamar de um dos princípios básicos de sua doutrina. E como tal, é passível de estudo. Para os Espíritas, não basta apenas crer em Deus, por isso, um de seus pilares é a chamada fé raciocinada.
Em O Livro dos Espíritos[1], na questão 01, Kardec indaga à plêiade de Espíritos que o ajudaram a assentar a Doutrina Espírita: - Que é Deus? E imediatamente obteve como resposta: - Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
O Codificador, na sequência da questão, ainda tentou conceituar Deus como sendo infinito, mas os Espíritos o advertiram de que isso era uma pobreza de linguagem dos homens para definir as coisas que estão acima de sua inteligência. De forma que[2] “Deus é infinito em suas perfeições, mas o infinito é uma abstração. Dizer que Deus é o infinito é tomar o atributo pela própria coisa, e definir uma coisa que não é conhecida, por uma coisa que também não o é”.
Ainda, Allan Kardec, indagou dos Espíritos onde ele poderia encontrar a prova da existência de Deus, sabendo ser esta uma questão frequente entre aqueles que se dizem ateus. Prontamente, os Espíritos responderam[3] com absoluta convicção: - Num axioma que aplicais às vossas ciências: não há efeito sem causa. Procurai a causa de tudo o que não é obra do homem, e vossa razão vos responderá. (...) Para crer em Deus basta lançar os olhos sobre as obras da criação. O Universo existe; ele tem, pois, uma causa. Duvidar da existência de Deus seria negar que todo efeito tem uma causa, e adiantar que o nada pôde fazer alguma coisa”.
ResponderExcluirOra, ilógico seria crer que tudo que foi criado na natureza sem a participação do homem surgiu tendo o acaso como causa. Quanto a isso, os Espíritos foram incisivos com Allan Kardec[4]: - “(...) Que homem de bom senso pode olhar o acaso como um ser inteligente? Aliás, que é o acaso? Nada.” Com isso, temos que o Universo é composto por uma harmonia com combinações e fins determinados – e disso não há objeção – que não pode ser fruto de algo sem inteligência, pelo contrário, revela, sem sombra de dúvidas, uma força inteligente. E como diz Kardec: - Um acaso inteligente não seria mais o acaso.
Também, é de se ressaltar que todos os seres da criação, desde o início dos tempos, trazem uma ideia inata da existência de algo mais entre o céu e a terra. Trazem um sentimento intuitivo do criador do Universo. Para tanto, vale observar a mitologia grega, o antigo Egito, nossos ancestrais africanos, todos estes povos tinham uma crença em algo além da matéria, além do que os olhos veem. E hoje, pelo raciocínio, pelo exercício da fé raciocinada, com observância das evidências que estão diante dos nossos olhos, conseguimos reafirmar que o sentimento intuitivo de outrora, nada mais é que uma das provas da existência de Deus.
Em outra oportunidade nos ocuparemos da descrição dos atributos da divindade, pois, por agora, basta às pessoas que tomarem conhecimento deste trabalho reflitam se realmente consideram-se ateus.
ResponderExcluirSe assim se considerarem, será que são apenas pela comodidade de não precisar ir a um templo religioso qualquer ou porque as religiões não estão lhes satisfazendo a sede de conhecimento? Será que o são para não ter o seu orgulho ferido? Ou quem sabe até pelo próprio egoísmo? Sim, porque se existe algo ou alguém que rege o Universo e faz com que se caminhe em direção a Ele, as pessoas deixam de ser donas de si mesmas e isso acaba por macular as suas ditas “individualidades” e “soberanias”.
Claro, não se pode deixar de lado, que também existem aquelas pessoas que se põem na condição de ateus diante das injustiças que existem na Terra e passam pelo crivo de Deus. Para estas, apenas relembramos um dos ensinamentos do Mestre Jesus: “A cada um será dado segundo suas obras” (Evagelho segundo João, 15:13).
Assim, esperamos que a partir de agora, quando observarmos a beleza da natureza exposta nos campos, nos mares, nos astros, na harmonia que existe no Universo, deixemos de lado a postura cerrada de um ateu, e lembremo-nos da inteligência que rege tudo isso. Que nessa toada, possamos render graças a Ele, nosso Pai, que nos criou à sua imagem e semelhança, mas com o seu germe inato para que possamos regá-lo e caminhemos em sua direção, ajudando-nos uns ao outros com a mais pura humildade e verdadeiro desinteresse na prática da caridade.
Por fim, para quem se interessou pelas linhas aqui apontadas fica o convite para que compareçam à União Espírita Bageense – Caminho da Luz, pois lá possui um Curso de Introdução ao Espiritismo. Trata-se de um grupo de estudos que objetiva instrumentalizar os interessados com uma formação inicial sobre a Doutrina Espírita, sólida e pautada na obra kardequiana, em especial, no O que é o Espiritismo e outras obras fundamentais. O grupo encontra-se aberto a todos os interessados e para inscrição basta comparecer às quartas-feiras, às 19h, na sede da Instituição que se localiza na Av. Gen. Osório, nº 2478.
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