Por Marcos Joel
A afirmativa, de início, pode parecer agressiva e intolerante, mas, deve sim, ser defendida. Defesa esta da forma mais sincera, sensata, coerente e fazendo uso da força racional. Na atual conjuntura vivida, não suportamos mais tamanha estupidez, idiotice e parvidade imposta sobre nossas vidas. Sim, nossa sociedade é composta por estúpidos, hipócritas, tartufos e demais similares que poderiam ser elencados como componentes solidários sem muita dificuldade.
É fato. Nós, Espíritos Livres, não suportamos mais a sordidez, a torpeza, a imundície do que nos é ofertado culturalmente. Não conseguimos compreender o quão importante, necessário e gratificante são os ensinamentos transmitidos pela "global" ou a "sbesteirol" - meios de comunicação televisionada. Não toleramos mais os "sábios" ensinamentos que uma prostituta de luxo pode nos oferecer ou o que uma "bóing-bóing-popozuda" tem a nos transmitir. Nós, como sociedade, somos a escória personificada em seres supostamente benévolos que adoramos acompanhar "soletrando" ou a "casa mais vigiada". Nos chamam descaradamente de retardados e concordamos com isto, nos apontam nitidamente que não possuímos senso autocrítico ou discernimento e, mesmo assim, conseguimos gargalhar ou nos emocionar com tamanha frivolidade. Nos apresentam lixo e o consumimos como um faustoso repasto. Somos egoístas por não pensar no próximo, pois, não estamos pensando no futuro. Estamos relegando, tolindo toda nossa capacidade intelectual. Isto não deveria ser assim. Somos manipulados pela ignorância e pela futilidade que está sempre ao nosso alcance, seja do controle remoto, seja do clique de um mouse.
Não é de hoje que o controle das massas é atributo apenas de quem possui informação. Mas, mesmo em épocas menos aclaradas, nos parece que nunca consumimos tanta informação fútil e banal. Retire de um povo o seu poder aquisitivo, a informação e mantenha-o como um insignificante idiota; ofereça distração inútil e gratuita; estimule-o a ser complacente e medíocre; dirija-se a ele como uma criança de baixa idade ou como verdadeiro lerdo e possuirá o que hoje temos vividamente: um bando de estúpidos.
Pode parecer, como já foi dito, agressivo demais, mas não nos façamos de desentendidos. Somos manipulados como marionetes por quem detém o poder da informação. Valorizamos, sobremaneira, o pior que um grupo social pode querer: a sutil futilidade. Apreciamos muito a ignorância coletiva – dentre elas o analfabetismo: virtual, cultural, político, entre outros. Aceitamos de bom grado a denegrida imagem do pobre, mas feliz. Toleramos o inescrupuloso rebaixamento intelectual que nos é difundido para que sejamos bons de coração e que o progresso, o conhecimento pertence somente aos grandes renomados, que ele é coisa do demônio, do bixo ruim, do Diabo, de Lúcifer...
Não podemos sonhar, como entes desta sociedade, pois este direito nos foi retirado. Não podemos desejar, pois não temos capacidade intelectual para discernir o que é realidade fictícia do que é a verdade real. Não podemos almejar, pois a imatura sociedade, a poderosa mídia, a praga da religião nos afundam com seus dogmas inescrupulosos de escravidão e submissão.
Sabemos nós, Espíritos Livres, que para a maioria, somos incompreensíveis. Incompreensão esta embasada na faculdade dos que não querem entender o que se passa ao redor. Sim, como sociedade, nos comportamos como seres acomodados em que prevalesce a lei do menor esforço e que esta seja regra geral. Nossos condutores, nossos líderes nos conduzem ao precipício da obscuridade e nada fazemos, pois nos é conveniente, é o mais fácil.
Podemos afirmar que vivemos solitários, incompreendidos, somos anacoretas. Solitários pelo fato de ser difícil o diálogo com os componentes dos diversos grupos sociais que nos circundam. Solitários pelo fato de termos a audácia do ato de pensar, e o pior, expressar o resultado refletido. Somos taxados de loucos, pirados, desvairados, lunáticos ... Somos de outro planeta. O que se passa em nosso coração, em nosso íntimo, por vezes, é uma angústia tamanha que pode ser comparada a uma explosão nuclear, que destrói tudo o que está ao seu alcance. Sim, destrói tudo o que nos é oferecido. Desvenda a verdade do ser que realmente somos e que não aceitamos, de forma alguma, pois, sabemos nós que se pode mudar. Desvenda nossa incapacidade de reação frente as atrocidades culturais que nos são transmitidas e aceitas pelos fracos, indolentes culturais. Mostra a inércia total em que nos encontramos. Revela o nosso verdadeiro eu: seres estúpidos.
Somos seres solitários que vagam a procura de uma alma racional. Pairamos sobre a humanidade em observação de sua vulgaridade vivida ante seus desiguais. Sim, somos seres pensantes. Somos Espíritos Livres. E por este motivo temos o dever de retirar a venda que cobre os olhos da nossa sociedade. Não podemos mais aceitar que sejamos influenciados por estes grupos de poder. Temos que ter a capacidade, a coragem, a perseverança e vontade de pensarmos por si. Não, não iremos aceitar que nos sejam cobrados a persecução dos dogmas apresentados como verdade absoluta.
Temos que ter em mente que nossa vida, nossa existência pessoal é, por demais, breve, limitada, concisa. Não a desperdicemos. Utilizemos o pouco tempo que nos é disposto para sermos alguém respeitável, sensato, sábio. Façamos algo para sermos lembrados em um futuro próximo, não pela bestilidade legada, mas pela honradez e integridade de caráter deixada em testamento.
Sejamos seres grandes, sejamos seres livres.
Achei seu texto um pouco radical. Apesar de concordar em termos,pois concordo quando fala da mídia, pos com certeza as vezes somos levados por ela.
ResponderExcluirMas apesar da sociedade ser composta por seres humanos com imperfeições e algumas falhas, acredito no ser humano. Afinal estamos aqui para aprendermos e crescermos como seres inteligentes e não estúpidos.